O 22 de novembro
Vamos celebrar o Dia do Músico! Bem,
essa é a ideia... Mas celebrar o quê, exatamente? Músico que é músico
normalmente não se dá ao luxo de tirar um dia para si. Não que não queira, mas
falta tempo. A vida responsável cobra por cantos e tantos, enquanto ele batalha
por gigs, público, mídia, espaço, pela dura viabilização de projetos e até por
alunos (àqueles que se enveredam pelo ensino).
O somatório dessa realidade vem na forma
de trocados! É o que sobra para a grande maioria. Lutar por trocados, e conquistá-los,
é motivo plausível para se celebrar num dia em especial, sim – desde que seja
aquele em que se conquista o feito. O músico merece condições dignas, sólidas e
de perspectivas existentes (garantidas?).
Mas que discurso chato este, o meu,
hein? Que ranzinza! Perdoem-me, porém, “Dia do Músico”, tal quais outras datas
comemorativas, soa-me uma baita besteira. Me atinge como pura hipocrisia de
quem poderia propiciar um ambiente melhor a nossos músicos e que, na
incompetência disso ou por malquerença, oferece uma esmola moral no calendário
oficial. Poupem-me!
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